quinta-feira, 5 de abril de 2018

Ei, Isso não é um rabisco!

“Desenhar objetos, pessoas, situações, animais, emoções, ideias são tentativas de aproximação com o mundo. Desenhar é conhecer, é apropriar-se.” 

(Edith Derdyk)







          A partir do desenho das crianças conseguimos descobrir uma infinidade de coisas sobre elas. Seus desenhos expressam suas relações com a natureza, com o outro, consigo mesmos, pois elas estão a todo tempo construindo e reconstruindo suas relações, percebendo cada parte de um todo e buscando encontrar seu espaço no mundo. Para elas o desenho não é apenas um desenho, mas uma representação de suas relações, de suas descobertas, suas curiosidades, preferencias, sentimentos e angustias. 




          Nossos antepassados também utilizavam-se de desenhos para representar e registrar os acontecimentos vividos. Suas relações com os animais e natureza, suas guerras, entre outras coisas. Quando começam a falar, as crianças representam por meio de gestos os objetos ou situações como forma de concretizar os pensamentos. Depois, expressam essas mesmas situações por meio dos desenhos, que além de traços e "rabiscos", são registros gráficos da sua forma de percepção do mundo. 
          




          O desenho passa a ter além de um significado, uma simbolização, pois trazem memórias e com elas as histórias do "acontecimento". Essas "histórias" possuem grande importância para o desenvolvimento infantil, pois é nele é primeiro passo da escrita. Aos poucos as crianças vão denominando aquilo que desenham e criando a curiosidade de escrever seus nomes. 



          Nossa função enquanto mediadoras desse processo, é possibilitar que as crianças tenham acesso aos mais diversos tipos de materiais, situações e espaços, para que interagindo com eles, possam deixar sua imaginação livre para se expressar, tendo os mais variados tipos de experimentações, experiencias e aprendizados. 






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